E tu professas por protestos, por
direitos manifestos de ter respeito. Então expõe e fica exposto, como se mosto
a fermentar. A gente opina, desanima, recrimina e ajuíza, quem é que fala
quando a água só fervilha?
E eu professo a minha fé e o meu conceito,
muros do meu lar, tento observar na minha casa o que entra e quem que sai. Pois
minha filha compartilha, o prato, a roupa, o trato e os ideais de além nós,
então eu digo à sujeição que me impõe: Não!
E professamos por nossa alma, essa
sina de impor nossa retina nolho alheio, de ter receio que nos vençam. Fado
humano quando rivaliza, desumaniza. Vencer, convencer e não convalescer.
E o mundo professa a batalha eterna
de não ser desintegrado pelo que o constitui. Campos de idéias e campos de
guerra, traumas e rumores. Sempre além que deviam ser, pois em tese todos
ideais se apoiam no amor d’alguma causa, não deveria causar tanto rancor.
Era pra ser só cada qual trançar
seu fio pela meada a desejar.
Pai de Clarice