terça-feira, 30 de outubro de 2012

Letras


E quando me contorço
  Torno-me dedos
    Traços e toques
      E quando em fundo branco
        Sou preto de tinta
          Um grito calado
            Olhos escutam
              A voz que garganta calou

E quando me exprimo
  Espremo
    Extremo
      Quero ser decifrado
        Não como som
          Mas como chama
            Bandeira de sonho
              Fotografia do pensar

Pai de Clarice


segunda-feira, 29 de outubro de 2012

É claro que vi!

Questionaram meu voto e acharam absurdo. Será que estou cego? Ou será que estou surdo? Perguntaram se não vi na televisão o escândalo, a noticia, a corrupção. Disseram-me tolo e até burro. Será que não vi? Vi! É claro que vi!
Vi o escândalo da mala rosada que jamais foi julgado, vi as escolas estaduais virarem sucatas e prédios fantasmas, vi presidente chamando o povo de vagabundo por querer se aposentar aos sessenta, vi um governo vender Vale do Rio Doce e Telesp a preço de banana nanica passada, vi a terceirização comer solta, o desemprego explodir, é claro que eu vi!
Pra piorar vi prefeito deixar cargo, assumir vice. Vi a proibição do sopão da madrugada, da distribuição do livro gratuito nas calçadas, das placas de publicidade que enfeitavam a cidade, assim como é em Nova York e Tóquio. Vi morador de rua ser tratado com estorvo, pedras colocadas debaixo do viaduto pra espantar mendigos, nossa, como vi!
Vi GCM bater em skatista e camelô, vi a policia em SP ser caçada como barata enquanto o Rio de Janeiro teve humildade pra pedir ajuda federal e coragem pra enfrentar o crime organizado. Vi incêndio suspeito nas favelas em locais de forte especulação imobiliária. Meu Deus! Vi tanta coisa que não me deixei ser manobrado por um escândalo de ultima hora. Não dei meu voto esperando a perfeição, mas, um pouco mais de humanidade e uma nova perspectiva de se fazer nossa São Paulo. Se vai mudar não sei, mas, votei por discordar do como está e de tudo que vi.

Pai de Clarice


quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Correntes. Para que te quero?

Se existe algo chato, irritante e sombrio nas redes sociais e e-mails, são as velhas e famigeradas correntes. Desde que me conheço por gente tenho recordações das mais distintas formas de criar mensagens de repasse obrigatório.
Quando era criança, estas circulavam em cartas, que nem sempre eram postadas pelo serviço de correio. Tratava-se de mensagens que diziam conter poder de benção ou desgraça sobre a vida do leitor, sua sorte dependeria da escolha do receptor repassar a mensagem ou não. Argumento tolo, mas muito funcional em um país supersticioso.
O tempo passou e como quase todo o resto as correntes se modernizaram, foram para os e-mails ainda mantendo a ideia primitiva, mas, logo, foram perdendo a força. Precisaram assim ser repaginadas e isso ocorreu de várias formas, começaram a partir para o apelo emocional, depois o da autoajuda, o da informação, do socorro e até fotos e mensagens bonitinhas.
Mas um problema se manteve na história das correntes, sua origem quase sempre é inverídica ou desconhecida, tornando se um campo fértil para brincadeiras e charlatanices, além de ser um meio fácil de propagar uma ideia ou um conceito, por vezes questionáveis.
Em fim, me arrepio hoje quando vejo um mesmo post em vários perfis distintos, pois, ou muitas pessoas andam pensando igual, ou andam refletindo pouco sobre o que postam. Para mim, compartilhar algo é assinar embaixo do que se colocou, é se responsabilizar, se tornar coautor de uma verdade ou cúmplice de uma mentira.

Pai de Clarice

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

A educação vira palco


Agora que já estamos no segundo turno das eleições municipais em São Paulo, parece que o foco dos candidatos se voltou para a educação. Mas, por que esse setor tão desprezado pelas autoridades públicas se tornou o centro da disputa eleitoral? Veja só!  A educação, um dos setores mais adoecidos do nosso sistema publico aparecendo como palco de teatro para atores de quinta.

Por que não escolheram a saúde? Que também é precária. Ou então a segurança? Que todos nós precisamos. Ou talvez o transporte público, que está lastimável. Não! Nenhuma dessas necessidades aparece com tanta ênfase nas propagandas depreciativas e desqualificadas que acompanham nossos televisores.

Talvez, essa ênfase aconteça por um único motivo: A educação “mexe” com o cidadão de uma maneira diferente. Pois, enquanto saúde, transporte e segurança, aparecem como necessidades imediatas, necessárias para continuarmos a viver, de subsistência. A educação desponta com um elemento diferenciado, ela carrega em si a esperança, a possibilidade do amanha ser melhor que o hoje. A educação não é para nós é para os nossos, para além.

Não quero puxar a sardinha para minha brasa, mas sabemos que se “a educação sozinha não pode transformar a sociedade, tampouco sem ela a sociedade muda”. Por isso, peço RESPEITO. Pois quando se utilizam do sistema educacional como palco eleitoral, estão mexendo em um território sensível, onde muitos lutam e depositam suas perspectivas de inclusive, um dia poder votar em pessoas melhores.

Citação: Paulo Freire

 

Pai de Clarice
 

terça-feira, 16 de outubro de 2012

Por que viajamos?


É engraçado observar as estradas lotadas em vésperas de feriados alongados e férias escolares. Mesmo já conhecendo a rotina, outra vez, nos lançamos aos destinos turísticos de sempre. São apartamentos beira mar (ou não tão beira assim), casebres em sítios ou chácaras, casa de parentela no interior, etc. Tudo ao custo de enfrentar uma mesma sequência incômoda até alcançar nosso destino desejado: Dias de descanso em qualquer lugar.

Além do trafego veicular a viagem trás em si uma serie de dispêndios materiais e físicos, como: Taxas de pedágios, diárias de imóvel, comida alternativa, souvenir, atividades diferenciadas, cuidados extra com as crianças, entre outros. Isso ocorrendo tudo dentro dos conformes, caso contrário, pode-se incluir a lista uma troca de pneu, manutenção do carro, repelente, remédio...

Falando assim, parece mais que estou descrevendo um roteiro filme trash do que uma viagem de lazer. Pois é, para mim existe algo ilógico dentro dessa engrenagem que só pode ser explicado por motivos totalmente subjetivos, para essa insistência em ir. Pois cá entre nós, ficar seria muito mais fácil.

Acredito que essa persistencia se dá devido a nossa necessidade de termos furtada a realidade. Nesse caso, a viagem nos transmite a sensação de liberdade provisória. São dias que experimentamos a fantasia de não sermos. Talvez esteja aí a explicação para o trajeto ser uma parte tão dolorosa da viagem, pois na ida, estamos deixando no caminho pedaços que não queremos levar. Vai ficando o profissional, o estudante, o pagador de contas, etc. Chegamos cansados, mas leves. Já na volta, vamos nos recolhendo aos poucos na beira da estrada, como se quiséssemos voltar.


Pai de Clarice
 

terça-feira, 9 de outubro de 2012

Quero Ver!

É engraçado que quando surge um casal feliz e caso se tratem bem, logo as cornetas de plantão começam a soar. De um lado aparecem as habituais cobranças, do tipo: casa quando? Tá enrolando? Quando vem filho? E o irmãozinho? Etc. Do outro lado surge o comentário, esse pra mim muito mais ferino, que é aquele do típico “secador de plantão” que vou denominar como os “quero ver”.
Os “quero ver” acompanham a vida de qualquer casal que ouse se respeitar e demonstrar afeto publicamente. Eles começam lá no flerte, junto com as flores e as caixas de bombons. O olho atento dos “quero ver” logo se lança e sua língua envenenada profere sem medo de errar: “quero ver depois que começar a namorar”.
Caso o casal avance essa primeira fase mantendo a felicidade mutua e os agrados os “quero ver” não se abalam, justificam que namorar morando longe é fácil: “Quero ver se aturarem no mesmo teto”. E se posteriormente o casamento se consolide feliz, repetem ao passar dos tempos: “Quero ver daqui a 2, 5, 10, 15 anos”.
Os “quero ver” me fazem graça, pois percebo que se perderam no recalque e vivem da esperança de que o destino do seu entorno seja parecido ao deles. Vivem de decretar uma infelicidade futura e profetizar maus tempos, fazem isso automaticamente. Não sei se não tiveram sorte ou não fizeram por onde, mas bem que eles poderiam querer ver mais amor, alegria, paixão, sonho, rosas e beijos.

Pai de Clarice


sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Discurso


Momento que a voz embarga
Não há olhos que decifra
Letras e papel embaralhado
Turva a face como a fala
Exprime em grau ascendente
Devaneia entre pontos
EXPOSTO e só...
Só diz

Se acaso o dito casa
Dando razão ao todo
Vende-se pelo valor da oração
Muitos se torna
Discursa a alma coletiva
De sonhar canta palavras
EXPOSTO e só...
É todos

Pai de Clarice


quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Aqui cabem Dois!


No estado êxtase que ando ultimamente, somente as coisas absurdas consegue abduzir-me para momentos de realidade. Ou algo me chama atenção por ser extremamente bom, ou ruim. Infelizmente, acompanhei uma entrevista de certo “empresário/apresentador/cantor” em um programa vespertino recheada de receitas para a vida conjugal, sobretudo para um casamento feliz.

Dentre as grandes ideias apresentadas pelo cidadão em questão, uma me chamou muita atenção. Defendia ele que a intimidade e individualidade são pontos vitais da vida a dois e que o ideal seria que todo o casal tivesse um toalete individual, isso mesmo, um banheiro para o homem e um para a mulher, segundo ele, esse detalhe garante a privacidade e mantém certa imagem intacta do outro.

Devo dizer que os argumentos que ele utilizava tinham como base principal o individualismo, a premissa de que a divisão das coisas e dos espaços são destrutivos. Na verdade até a descoberta do outro como ser humano, dotado de defeitos, qualidades, necessidades e sentidos, são fatores de desencanto e rompimentos.

Ao ouvir tais “conselhos” me lancei ao Google e constatei que segundo dados do IBGE 2012 nas áreas urbanas do país entre 20% a 25% da população não recebe serviços de saneamento básico (contando agua encanada e esgoto tratado), enquanto nas áreas rurais menos de 30%. O que me leva a crer que uma simples latrina já pode ser vista como artigo de luxo para mais da metade da população brasileira. Será então o fim das uniões?

Chega a ser cômico. Pois quanto mais formulas e requintes propõem para a nossa vida, mais conseguem complicá-la. Viemos de uma cultura coletivista, criada justamente pela necessidade do mutuo-auxilio, nossa própria existência depende daquele grupo que nos cerca e isso inclui esposa (o) e filhos, pais, amigos, etc.

A pergunta que perseguiu meus pensamentos o resto da tarde foi a seguinte, será mesmo que é preciso abrir distancia do outro para se aproximar dele? Parece-me um paradoxo. Prefiro acreditar que existem coisas mais essencial em um relacionamento, como cuidado e reciproca, o cultivo do amor por aquele outro, que reconhecidamente se mostra humano para nós. Sinceramente: Eu divido o meu banheiro!

Pai de Clarice

terça-feira, 2 de outubro de 2012

Mudança de assinatura


     Quando nasci, há quase três décadas, imprimiram-me um nome, esse pelo qual muitos me chamam e conhecem até hoje. Fui crescendo e aprendendo a me reconhecer, devo dizer até que desenvolvi certo apreço por ele, fui me adaptando a ser eu literalmente e sem perceber internalizei, pensei que morreria com este mesmo titulo...
     Porém a vida, faceira que é, aprontou-me uma agradável surpresa. Ontem mesmo, estava eu em uma sala escura, via uma barriga exposta a um aparelho que patinava em gel, imagens turvas, sensações afloradas, barulhos indecifráveis. Meu coração e rosto estavam em uma mesma sintonia, ambos faziam movimentos involuntários, incontroláveis. De repente, de uma simples imagem, fez se o som, e o mundo se mostrou diferente para mim.
     O que aconteceu neste momento é que morri, senti deixando meu nome e tudo o que ele representa para trás. Minha morte! E por incrível que pareça ela fez nascer em mim aquele que não conhecia, algo a mais de amar, que Paulo Henrique não saberia ser e dar, mesmo que vivesse mais cem anos.
     Por isso, não estranhem amigos. Pois a partir de hoje, aquele que vos fala atende por outro nome, P.H. me deu muitas alegrias e aprendizagem, mas, ser pai de Clarice é algo transcendental e único, inexplicável, daqui pra frente tentarei ser melhor a cada segundo, pois vive em mim mais alguém, que me fez renascer de mim mesmo, obrigado meu anjo.

Paulo Henrique de Jesus Santos
                                     *05/06/1984
+01/10/2012

Pai de Clarice
*01/10/2012
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Pai de Clarice

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Cantada Mal Dada


     Algumas questões veem martelando minha cachola nesses tempos de eleição, pois acompanhando o nível da propaganda eleitoral, me deparo com o seguinte dilema: Ou acreditam que sou ingênuo demais, ou estão desfilando confiança que as investidas baratas e vulgares que andam desferindo irá fazer algum efeito.
    Venho me sentindo como se levasse uma cantada mal dada, do mesmo estilo daquelas que se faz frente a canteiros de obras e botecos de esquina. São propostas ridículas, jingles intermináveis que duram mais que a fala do candidato, alianças entre “inimigos”, piadinhas sem graça alguma, caricaturas, personagens e etc. Tudo de muito mau gosto.
     E aí retomo a analogia, sabemos que a função das cantadas vulgares é muito mais para causar certo deleite unilateral, do que efetivamente para conquista do outro. Porém, na política o que ganha um candidato com uma cantada ruim?
     Para mim, as más cantadas tem efeito devastador, subestima a capacidade intelectual, banaliza e generaliza a categoria, impossibilita a argumentação, constrange e até envergonha. É a demonstração maior da falta de respeito. Pois da mesma forma que imagino ser desagradável a qualquer um escutar algo do tipo: “Cadê o papel que embrulhava esse bombom” não me apraze ouvir coisas como: “pior que tá não fica”...

P.H. de Jesus Santos


quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Quadrilha Moderna

João amava Teresa e sua prima...
Que amava Raimundo...
Que amava Mario...
Que amava Carla e saía com Joaquim...
Que amava Lili...
Que amava somente a Internet.

João ficou “doce” comprou um carro novo,
Teresa foi pra balada,
Mario matou Joaquim,
Carla fez cirurgia e deixou a costeleta,
 E Lili comprou um novo jogo, que simula a vida real.

P.H. de Jesus Santos

Voa Rouxinol


     Contaram-me ontem, que em um desses programas matinais que falam de tudo um pouco nas redes televisivas da vida, que entre as mais novas tendências da beleza, surgiu um novo tratamento revolucionário, que promete amenizar as marcas de expressão e melhorar a aparência daquele que se utilizar desta técnica. Trata-se da aplicação de FEZES DE ROUXINOL na pele.
     Sinceramente não me aprofundei muito no assunto, nem me interessei em pesquisar, portanto, não sei dizer o como isso se dá, se é feito in natura ou misturado em qualquer outra substância. Seja lá como for é uma ideia um tanto intrigante.
     Nesse cenário tão estranho que se configura ultimamente, não me seria surpresa que qualquer dia encontremos uma expedição de “dondocas” mata adentro em busca da nova fonte da juventude, ou então, que o pobre pássaro se torne o novo queridinho das gaiolas, para que pessoas garantam sua “fabrica” própria de renew. Sei lá.
     Seja lá como for, prefiro aceitar minhas marcas de expressão e também não confio em velhinhas que conversam com papagaios na TV as oito da manha. E garanto a vocês, que se algum dia ver um pobre rouxinol enclausurado, para a exploração de suas fezes, vou fazer o máximo para libertá-lo....voa voa rouxinol. 

P.H. de Jesus Santos


quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Promoção de morrer!

Esses dias, enquanto digitava uma ruma de documentos, acabei escutando “meio que despretensiosamente” a conversa de alguns companheiros de trabalho com um desses vendedores que visitam periodicamente as repartições públicas, em busca, é claro, de ofertar seus produtos. Mas, algo que me chamou muita atenção dessa vez foi o artigo da venda: Planos funerários.
O vendedor em questão usava de diversos argumentos, que qualquer ouvido desatento acharia maravilhoso, benefícios e bônus pra encher os olhos e gelar o estomago. Cito alguns exemplos: Cobertura parcial para morte de pais, filhos e cônjuges; apólice para morte acidental ou repentina; cobertura total das despesas funerárias do portador; abono por invalidez e até um seguro chaveiro... Seria pra garantir a abertura das portas do céu?
 A investida do “comensal da morte” seguiu por alguns minutos e percebi que alguns dos meus pares se renderam aos benefícios da morte feliz, outros por sua vez já haviam assegurado seu descanso em paz anteriormente, com outra empresa.
Aos poucos fui vagueando e me perguntando: - Em que momento nos perdemos no labirinto de acreditarmos que a vida deve ser um grande mapa, onde nós haveremos  de indicar todos os fatos e, aquilo que não for evitável, nos calçarmos, para que as arestas de nossa existência, não arranhem o nosso entorno?
Que triste viver em um tempo em que o filho, ou o esposo, ou pai, tem garantido a segurança da sua morte, de sua mãe, esposa e até filhos.
Criamos a expectativa de poder resolver todos os problemas, superproteções egocêntricas que nos dá uma personalidade estranha e até cruel, pois ao tempo em que acreditamos preparar fisicamente toda uma situação prática, nos esquecemos do plano espiritual, o imponderável!
Até onde podemos medir a dor de uma perda? Mesmo que a nossa? Sem querer ser piegas, mas, acho que a melhor segurança que podemos dar aqueles que nos cercam é fazer “planos de vida”, de felicidades e bem estar, tentar ensinar e deixar legados na alma. A partida, que sabemos ser inevitável, se encontra na casa do mistério e é bom que lá fique até o seu momento.
Meus pensamentos foram interrompidos pela voz grave do revendedor, que me fitava com cara de comerciante de doces: - E aí, vamos fazer?

P.H. de Jesus Santos


Por que resisti?


Já faz um tempo que tentava me convencer a abrir este espaço. Assim mesmo, para expor minhas ideias e falar um pouco das coisas que penso saber. Alguns amigos elogiosos disseram que caberia e que seria legal. 

Mas, amigos são sempre suspeitos, e na duvida de que quisessem alimentar minha autoestima acabei postergando.

Coloquei um monte de empecilhos para entravar essa criação, como: Falta de tempo; falta de texto; tcc; outras coisas a fazer; etc.

Resisti sim, me deu medo de parecer que estava seguindo uma onda, ou plagiando, sei lá, copiando os 
ótimos e verdadeiros escritores que conheço. Some-se a isto minha inabilidade com coisas novas e principalmente a teimosia exacerbada que herdei da parte portuguesa da família.

Em fim, caíram as barreiras e cá estou. Espero que gostem e entendam (as vezes sou meio confuso) o que postarei de hoje em diante. Transfiro minha resistência (leia-se teimosia) para outras coisas. Desde já, obrigado a todos que me incentivaram e agora façam-me o favor: Acompanhem!


P.H. de Jesus Santos