sábado, 28 de março de 2015

CONFISCO IDEAL

E tu professas por protestos, por direitos manifestos de ter respeito. Então expõe e fica exposto, como se mosto a fermentar. A gente opina, desanima, recrimina e ajuíza, quem é que fala quando a água só fervilha?

E eu professo a minha fé e o meu conceito, muros do meu lar, tento observar na minha casa o que entra e quem que sai. Pois minha filha compartilha, o prato, a roupa, o trato e os ideais de além nós, então eu digo à sujeição que me impõe: Não!

E professamos por nossa alma, essa sina de impor nossa retina nolho alheio, de ter receio que nos vençam. Fado humano quando rivaliza, desumaniza. Vencer, convencer e não convalescer.

E o mundo professa a batalha eterna de não ser desintegrado pelo que o constitui. Campos de idéias e campos de guerra, traumas e rumores. Sempre além que deviam ser, pois em tese todos ideais se apoiam no amor d’alguma causa, não deveria causar tanto rancor.


Era pra ser só cada qual trançar seu fio pela meada a desejar.

Pai de Clarice


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