sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Cantada Mal Dada


     Algumas questões veem martelando minha cachola nesses tempos de eleição, pois acompanhando o nível da propaganda eleitoral, me deparo com o seguinte dilema: Ou acreditam que sou ingênuo demais, ou estão desfilando confiança que as investidas baratas e vulgares que andam desferindo irá fazer algum efeito.
    Venho me sentindo como se levasse uma cantada mal dada, do mesmo estilo daquelas que se faz frente a canteiros de obras e botecos de esquina. São propostas ridículas, jingles intermináveis que duram mais que a fala do candidato, alianças entre “inimigos”, piadinhas sem graça alguma, caricaturas, personagens e etc. Tudo de muito mau gosto.
     E aí retomo a analogia, sabemos que a função das cantadas vulgares é muito mais para causar certo deleite unilateral, do que efetivamente para conquista do outro. Porém, na política o que ganha um candidato com uma cantada ruim?
     Para mim, as más cantadas tem efeito devastador, subestima a capacidade intelectual, banaliza e generaliza a categoria, impossibilita a argumentação, constrange e até envergonha. É a demonstração maior da falta de respeito. Pois da mesma forma que imagino ser desagradável a qualquer um escutar algo do tipo: “Cadê o papel que embrulhava esse bombom” não me apraze ouvir coisas como: “pior que tá não fica”...

P.H. de Jesus Santos


Um comentário:

  1. Analogia e porque não dizer trocadilho, genial!

    O caso é que infelizmente não é uma subestimação, pois tais jingles e promessas ainda acometem grande parte da sociedade. Ainda hoje me pergunto como o candidato que está em 1º lugar nas pesquisas de intenção? Pior, como o 2º é o que provavelmente irá para o segundo turno.

    No meu ver, as pessoas realmente estão trabalhando com os "pisos" de salários, opiniões e expectativas de mudanças..., mas vamos combinar que esse tema rende outro texto, né não?

    Beijão, Paulo!

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